quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Amor.



Se eu sei o que é o amor?
Talvez, depende do seu ponto de vista.
Amor, para mim, é um sentimento bom;
Um gostar, um querer bem;
Algo sublime que nasce em nós
Involuntariamente.
Seja por coisas ou pessoas.
Mas, claro, aqui me refiro a pessoas.
Afinal, quem quer saber de amor
Assim o faz por causa de pessoas, sejamos francos.
É um calor que nos queima;
Consome nosso espírito de forma intensa;
Faz o dia passar mais rápido.
Perda da concepção de horas, minutos.
Tudo isso se perde.
Por vezes, a gente mesmo se perde.
Amor também pode ser uma semente,
Que plantada no local certo e nas condições propícias,
Germina e brota os mais belos jardins que se tem ideia.
Também pode ser plantada em terrenos mais áridos;
Secos e castigados pelo sol, pela dor.
Mas, ainda assim, cresce e floresce.
Nessas condições, há de se cuidar, regar, observar;
Ter por perto, dar a necessária assistência,
Pois trata-se de um amor mais delicado.
Porém, que pode vir a ser uma Vieira frondosa;
De forte e alto tronco, decorada por folhas verdes e frescas.
Amor é um presente;
Que damos e nos é dado.
Sem necessidade de pedirmos ou perguntarmos.
Não se pergunta por aí se alguém quer amor.
Nós o damos.
E o verdadeiro amor é aquele que é dado por várias razões,
Mas nunca como moeda de troca.
Não se pode esperar amor.
Não se pode esperar que nasça o querer.
Ele nasce por si só, não há planejamento.
Ou ele existe ou não existe.
Entendo que pode demorar um pouco para percebermos
Se, de fato, o amor está ali.
Mas existe um momento;
Aquele momento em que batemos o olho
E toda e qualquer dúvida se dissipa e tudo fica claro.
É, de fato, amor.
No grupo amor encontram-se minigrupos,
Que se completam, se fundem, se justificam entre si.
Admiração, carinho, desejo, cumplicidade, cuidado.
E tantos outros que compõe o supremo sentimento.
Amor gera dissabor, às vezes.
Criamos expectativas, fazemos planos.
Por nós e pelo outro, tantas vezes.
Quando na verdade, os planos devem ser compartilhados;
As vontades devem se convergir;
Os desejos, se completarem;
Tudo em prol do bem comum do amor que nos une.
Não se ama sozinho.
Amam-se os dois, e na mesma medida.
Para desenvolver o amor que se sente é necessário acreditar.
Crer em um futuro livre de medos, livre de traumas.
E que esse futuro pode e será melhor do que tudo que já passou.
Aliás, passado, o próprio nome diz, passou.
E deve ser encarado como uma experiência;
Algo pelo qual passamos, aprendemos.
Todos temos histórias, boas ou más.
Criam-se barreiras, ferimentos.
Contudo, devemos trabalha-los para reconhecermos
Quando chega o amor
E deixa-lo adentrar nossas vidas
Culminando o processo de cura
E evidenciando o que há de bom em viver
Que é amar.
Há de haver confiança;
Há de haver cumplicidade;
Há de haver honestidade.
Amor é aquele brinquedo perigoso,
Cheio de peças pequenas, cortantes,
Que toda mãe não aconselha o filho a ter.
É um brinquedo atraente, maravilhoso;
Que nos instiga a conhecer, desmontar, montar de novo;
Explorar todas as possibilidades de se entreter.
Pisa-se nas peças de vez em quando;
Corta-se o pé, o cotovelo, tudo bem.
O que é isso diante da delícia que é o brincar? Nada.
Amor é a forma mais plena de gratidão;
Gratidão à vida, a esse presente que nos foi dado.
Pois ninguém, em nenhum canto desse planeta,
Vive sem amor.
Viva o seu amor.

2 comentários:

  1. Lindo texto acerca do amor. "A medida de amar, é amar sem medidas".(Agostinho)

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    1. Obrigado pelo comentário. Se puder divulgar meu blog, agradeço. Abraço!

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