Poderia
ser pior
Como
se fosse possível
Mas,
é
Seria
ainda mais desastroso
Imprecisões
nos encurralam
Pavores
renováveis
A
agonia solidifica-se
Asfixia-nos
sem piedade
No
presente, temos medo
E
temo temer por muito tempo
Temeremos,
que jeito
O
jogo mudou
Perdemos
as cartas
O
vento carregou
Trouxe-nos
um verso
Não
faça planos
Poupe-se
da frustração
Salve-se
da dor
Ainda
dá, ainda é possível
Atenha-se
ao afago do agora
Enrole-se
nesse calorzinho
Pode
ser passageiro, quem sabe
Ter
consciência tornou-se um fardo
Saber
hoje é dor
Queria
viver obtusamente
Alheio
à realidade, que nos é vilã
Junto
dos novos conterrâneos
Bestas
que são; felizes
Assertivos
A
estupidez anestesia
Tolice
e cachaça são sinônimas
Quero
um porre de imbecilidade
Esquecer
do horror
Da
atrocidade de um quintal de egoísmos
A
fobia pelo fim inevitável
Poderia
ser pior
Tua
figura
Seus
olhos e sons
Minhas
memórias nossas
Minhas
esperanças concretas e vagas
Meus
planos nossos
Ânsia
de vida, minha e tua
Filete
de sol
Fagulha
Rumo
Norte
Poderia
ser pior
Doeria
mais
Faltaria
tanto
Sobraria
nada
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.