terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Rebuliço.


Que grande bagunça
Um pandemônio particular
Meus aposentos íntimos
Mente, alma e corpo
Tudo, tudo fora do lugar
Gavetas no chão
Peças espalhadas
Uma bomba faria menos
A tempestade devastadora
Sem precedentes e sem aviso
Aí eu pergunto:
Pra quê tanta violência?
Bastava questionar onde estava
E eu mostraria
Precisava jogar tudo no chão?
Qual é a necessidade de tanto?
Quebrar coisas, preciosas até
Outras raras, únicas
Nem adianta, não as achará facilmente
Talvez, nunca as ache
Mas, já era. Perdeu.
Perdeu o equilíbrio
Esqueceu-se do óbvio
Levou-se pelas trevas
Desceu o morro a baixo.
Jogou tudo pro alto
Assistiu à queda de cada peça
Cego, nem ligou
Ignorou as consequências
Agora é isso aqui
Essa zona toda
E eu para arrumar
Os armários, cômodas
Gavetas, dezenas de gavetas
Abertas, mexidas. Misturadas
Haja força
Haja paciência
Haja tempo
Para recolocar
Tanto, tanto, tanto e tanto
De volta ao seu lugar.

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