Falemos
sobre fins
Da
linha, do prazo
Do
suplício, da dor
Da
semana
Da
vida
Nascemos
para morrer
Fim
certo
Inescapável
destino temos nós
A
existência finita
A
única que não tem solução
Ela
chega, chegará
Cedo,
nunca tarde
Antes
do tudo
A
fazer, a dizer
A
viver
Por
que guardamos sorrisos?
Por
que contemos risadas?
Por
que aguardamos o momento
Que
julgamos ser o mais certo
Para
dizer o que queremos
O
que tememos
O
que queremos
O
que sentimos
Legitimamente
Oras,
se é verdade
Pra
que limitar a boca
E
calar seus sons ansiados
Tão
esperados, e como!
Por
que guardamos os presentes?
Por
que poupamos os elogios?
Por
que tememos as felicidades?
Por
que nos acomodamos com as lágrimas?
Fazer
da tristeza rotina
Por
que deixas o que quero ouvir
Para
depois, para amanhã?
Queres
também, tu disseste.
Que
amanhã pode haver?
Que
momento pode acontecer?
Garantia
de ter a outra chance
Quem
a garante?
Trabalhamos
com incertezas
Apenas
pode ser
Talvez
será
O
fim é o certo
Nosso
ponto final está garantido
Certeiro
é o claro da manhã
O
escuro da noite
O
resto apenas talvez
A
vida é veloz
É
breve
Somos
breves
Curtos,
tão miúdos
O
meu querer eu digo agora
A
minha dor explano agora
O
meu amor declaro agora
O
meu abraço te dou agora
Não
quero o destino
De
manter em mim
Os
presentes da minha alma para ti
E
chegar atrasado
Tarde,
muito tarde
Tarde
demais
Breves,
já disse
E
tu, nós
Somos também.
Sejamos
Agora.
Sejamos
Agora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.