segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Simples.

Na falta de inspiração
Vem a mim teus gestos
Impulsos de carinho
Ventos de afago
Toques macios
Ternura que envolve os dedos
A palma da mão
Os braços no abraço
Fechando-me do mundo
Guardando-me em teu peito

Na falta de inspiração
Vem a mim a tua voz
Tropeçada
Ansiosa, vibrante
Saltam palavras alegres
Som de festa
Empolgam-me teus sons
Ofegante, por vezes
Ouvir-te é alimento
Degusto tuas sílabas

Na falta de inspiração
Vem a mim o teu silêncio
Toma-me uma força
Um conforto desconhecido
Acolhido estou desde então
São apenas sensações
No ar, atrativas
Energia robusta reveste-nos
Imã diria
Junta-nos os corpos

Na falta de inspiração
Vem a mim o teu olhar
Um mergulho profundo no brilho
Calo-me na íris
Janela aberta da alma
Combinado com as expressões
Espetáculo para mim
Oceano de mensagens lhe vem
Mudo. Para quê palavras?
Leio em teus olhos.

Na falta de inspiração
Tu vens a mim
Sorrindo tímido
A bobeira típica, ficamos bobos
Simples satisfação de estar
Grande, único, raro
Com seu toque de ternura
Segundos ante risos
Levou-me para longe
Terra de paz e pertencimento
Ensinou-me
Aprendi
O amor é fácil.

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