Na
falta de inspiração
Vem
a mim teus gestos
Impulsos
de carinho
Ventos
de afago
Toques
macios
Ternura
que envolve os dedos
A
palma da mão
Os
braços no abraço
Fechando-me
do mundo
Guardando-me
em teu peito
Na
falta de inspiração
Vem
a mim a tua voz
Tropeçada
Ansiosa,
vibrante
Saltam
palavras alegres
Som
de festa
Empolgam-me
teus sons
Ofegante,
por vezes
Ouvir-te
é alimento
Degusto
tuas sílabas
Na
falta de inspiração
Vem
a mim o teu silêncio
Toma-me
uma força
Um
conforto desconhecido
Acolhido
estou desde então
São
apenas sensações
No
ar, atrativas
Energia
robusta reveste-nos
Imã
diria
Junta-nos
os corpos
Na
falta de inspiração
Vem
a mim o teu olhar
Um
mergulho profundo no brilho
Calo-me
na íris
Janela
aberta da alma
Combinado
com as expressões
Espetáculo
para mim
Oceano
de mensagens lhe vem
Mudo.
Para quê palavras?
Leio
em teus olhos.
Na
falta de inspiração
Tu vens a mim
Sorrindo
tímido
A
bobeira típica, ficamos bobos
Simples
satisfação de estar
Grande,
único, raro
Com
seu toque de ternura
Segundos
ante risos
Levou-me
para longe
Terra
de paz e pertencimento
Ensinou-me
Aprendi
O amor é fácil.
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