quinta-feira, 15 de março de 2018

Execução.


É tanto poder
Uma ânsia de possuir
Avidez no olhar pelo alheio
Considerado seu, de mais ninguém
Caçam-te na alta estação
E fora dela, querem tua pele
Ouvi que a exporiam em suas salas
Quadradas, colossais, puro luxo
Financiamento: eu, tu, nós.
Salivam de tanta fome
Desejam devorar os sonhos teus
Alimentam-se de restos
Migalhas de amor
Pedaços miúdos de referências
Caráter de areia
Qualquer sopro leva, para onde tender
Tua mente voava longe
Horizontes deveras distantes aos olhos comuns
Abraçava teu semelhante, que somos todos
A imagem e semelhança do outro
Temor nenhum diante de trevosos
Raiva... há raiva, inveja
Sentimento medíocre esse
Cobiça pela tua história
Beleza...
Personalidade, acima de tudo
Fibra forte, gana de peitar
Nunca tomarão teus passos
Memórias e corações
Onde chegaste terá sempre a marca de teus pés
Moldados no chão irregular
Ao lado do filete vermelho que desce quente ainda
Sobras de uma noite triste
Resquícios da rotina cinzenta
Bem se sabe que era uma luta solitária
São muitos, covardes. Aqui tanto faz a vírgula.
Penso que sentam em um bar
Tomam cerveja
Comem um ovo colorido
Ledo engano... boteco?
Reuniões regadas a whisky
12 anos
Financiamento? Eu, tu, nós.
Pensam em como farão
Para encerrar a história de um sorriso
A vida de escaladas longas, porém, contínuas
Que inspira
Motiva os desmotivados
Impulsiona os inativos da vida
De fato, fazias valer
Davas teu nome
Presente do indicativo
Pretérito imperfeito
Silenciaram-te
Contudo, erraram o alvo
Deveriam ter mirado no peito
Foi de lá que veio
A origem de teus feitos.

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