quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Independência.


Vontades que passam pela minha mente.
Desejos que necessitam de concretizações imediatas, por isso me atrapalho.
Os meus desejos, as minhas vontades, tudo isso é meu e tão somente meu.
Ninguém mais os possui e nem os possuirá.
Tenho a escritura, todos os documentos atestando a posse.

Sei também que a decisão é minha.
Possuo os meios. A roupagem e a coragem.
Sou protagonista do meu desejo.
O que eu quiser, como eu quiser, se eu quiser. Eu consigo.
Posso dominar a situação, invertê-la, se necessário.
Tomamos nossas decisões.
Eu decido sempre.

Escolho meu caminho pelas cores das flores que encontro.
As aquarelas nas árvores me dizem qual parece ser o melhor.
Dúvidas são normais; os medos, inerentes.
Os erros, naturais.
Acertos, consequentes.
As derrotas não causam vergonha.
Tenho orgulho das minhas dores fomentadoras.

Tenho fibra, pujança, rigidez.
Envergo, toco o chão.
Não quebro. Racho, talvez.
O tempo me calcifica. Assim como a fé.
Cresço com as quedas, com os tiros.
Devolvo as balas.
Em caixas coloridas embrulhadas em papel colorido
E um laço por cima.
Do lado, um bilhete que diz:

Muito obrigado.