Por
vezes, encontramo-nos em situações nas quais os outros tentam nos mostrar que
estamos errados. Diante disso, há duas possibilidades inerentes: ser isso
verdadeiro ou falso.
Em
algumas situações, pode parecer mais fácil assumir uma culpa alheia, apenas
para afastar a discussão e trazer de uma volta uma pseudo-harmonia. Porém, eu
prefiro a busca incessante pela verdade e manter a cristalinidade. Escolho me
relacionar com pessoas as quais eu sei que me amam e me aceitam como sou;
abomino fingimentos, pois sempre trazem dor e sofrimento em algum momento
futuro; não digo tudo que penso, mas identifico e seleciono os momentos em que
posso e devo ser sincero.
Tenho
inúmeros problemas, mas acredito que todos serão resolvidos com o tempo, assim
como também tenho noção de que a vida é uma grande batalha, sempre com novos
desafios e objetivos diferentes a serem alcançados. Alguns são afortunados por
receberem dádivas do destino, bênçãos que lhes são concebidas sem muito
esforço, contudo, em minha vida, tudo que conquistei até então foi à base de
muito esforço, sacrifícios, lágrimas e suor. Sinto muito orgulho de tudo que
possuo, mas, principalmente, de ser como sou.
Defeitos
não me faltam, alguns, terríveis até, mas sou verdadeiro comigo e com aqueles
que amo e, do fundo de minha alma, nunca me arrependi de ser assim. Sei que
posso irritar, magoar ou até ferir alguém com o meu jeito de ser, agir e
pensar, mas, não incorrerei no risco de transparecer uma imagem falsa para quem
que seja. Prefiro ser amado honestamente por poucos a não confiar nos milhares
de “amigos” que possa vir a ter.
Não
sou compreendido. Acho que as pessoas, de uma forma geral, acostumaram-se a
agir de forma mais cômoda, silenciosa. Tomaram para si o hábito de chorar em um
canto isolado e levantar a cabeça com um sorriso no rosto enquanto a alma clama
por socorro. Já fiz isso e sou obrigado a repetir tal sacrifício de quando em
vez, mas nunca sempre. Aqueles que expressam seu descontentamento são
geralmente execrados. Pagamos nosso preço, isso é certo. Todavia, será mais
feliz o indivíduo que vive com o pescoço sob a faca da verdade, a todo tempo
afiada e na posição exata para degolá-lo e expor todas as fraudes que lhe
preenchem?
Nesta
tarde de Sexta-Feira, senti vontade de registrar isso que sinto e aproveitei
esse meu espaço para fazê-lo. Para finalizar, afirmo veementemente que, apesar
de incompreendido e mal interpretado, sei que não posso mudar. Não quero mudar.
Não mudarei.